Fonte: https://www.universidadedointercambio.com/paises-com-melhor-educacao-do-mundo/
Educação de qualidade é um sonho de muitos brasileiros. Nós ainda estamos longe de conseguir um ensino de excelência para toda a nossa população. Mas, enquanto isso não acontece, um caminho é ir estudar fora do país e voltar de lá contando essa experiência para melhorar a qualidade das escolas por aqui. Mas qual o melhor destino de estudos? Neste texto nós vamos te mostrar quais são os países com melhor educação do mundo para você escolher qual mais combina com você!
Educação é uma preocupação mundial e, por isso mesmo, existem várias instituições que se propõem a medir a qualidade de ensino no mundo. Alguns métodos, como o do US News, prezam pela percepção que o público tem da educação nos países, outros privilegiam dados quantitativos e, por essa razão, são vistos como mais confiáveis.Quando são avaliados os aspectos quantitativos da educação, costuma-se separar a educação básica obrigatória, destinada a crianças e adolescentes, da educação superior, que inclui cursos de graduação, mestrado e doutorado. Isso acontece porque esses dois níveis são bastante diferentes e nem sempre países que vão bem em um deles também se destacam no outro.O método visto como mais confiável para avaliar o sistema de ensino básico de um país é o Pisa, ou Programa Internacional de Avaliação de Alunos. Ele é organizado a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e tem por objetivo avaliar o desempenho de estudantes de quase 80 países nas áreas de Leitura, Ciências e Matemática.(foto:Pixnrio)A prova é realizada por alunos de 15 anos de países membros e convidados pela OCDE. Essa faixa etária foi escolhida porque é nessa idade que os alunos da maior parte dos países ao redor do mundo terminam o ensino básico. Na Inglaterra e na União Europeia, por exemplo, alunos entre 16 e 18 anos se dedicam à preparação para a vida profissional com cursos direcionados ao ingresso nas universidades ou carreiras técnicas. Uma das críticas feitas à prova é que em países como os Estados Unidos e o Brasil os alunos podem não se sair tão bem, já que o ensino obrigatório só termina aos 17 anos.Já no caso do ensino superior, não existe uma prova mundial que verifique a qualidade de ensino nos países. O mais comum é que se comparem as universidades em rankings universitários. Existem diversas classificações disponíveis, que levam em consideração aspectos como empregabilidade, citações acadêmicas, índices de pesquisas e até, em alguns casos, prêmios recebidos. Porém a instituição britânica Quacquarelli Symonds organiza um ranking específico da qualidade de ensino superior nos países.
Como a educação básica e a educação superior são analisadas separadamente pelas instituições mais respeitáveis, aqui, nós apresentaremos duas listas: uma com os melhores sistemas educacionais do mundo em nível básico e outra com os países com melhor sistema de ensino superior do mundo. Assim, você pode se orientar melhor dependendo do período que você pretende estudar fora do Brasil.
Como explicamos, a prova do Pisa é a mais indicada para avaliar os sistemas educacionais dos países em nível de educação básica. Mas a OCDE não divulga uma lista geral com as médias de todas as provas e sim resultados individuais para cada disciplina. Porém, para fazer essa comparação, nós calculamos a média dos países listados para conseguirmos concluir quais são os melhores.Uma observação é que a China não é descrita apenas como China, mas dividida em várias regiões. Isso porque o país tem vários territórios autônomos como Macau, Hong-Kong e Taipei Chinês que são avaliados de maneira independente, mesmo que não sejam um país. Já os territórios de Pequim, Xangai, Jiangsu e Guangdong, são avaliados em conjunto.TESTE: esses fatos sobre a China são verdadeiros ou falsos?Os territórios de Macau e Hong-Kong não vão ser elencados aqui como países, justamente por serem regiões administrativas especiais da China. Porém, ambos os lugares tiveram um desempenho excelente em Educação. Macau ficou em terceiro lugar em todas as provas do Pisa, enquanto Hong-Kong ficou em quarto lugar nas provas de Leitura e Matemática e em nono na prova de Ciências.Além disso Taiwan, identificada pela OCDE como Taipei Chinesa, também não será considerada como nação. Apesar de ter uma administração independente, a ONU ainda não reconhece esse território como um país independente da China. O que identificamos na tabela como China, na verdade corresponde às notas das regiões Pequim, Xangai, Jiangsu e Guangdong.
Colocação | País | Médias das notas no Pisa de Leitura, Matemática e Ciências |
1.ª | China (Ásia) | 578,7 pontos (555; 591; 590) |
2.ª | Cingapura (Ásia) | 556,3 pontos (549; 569; 551) |
3.ª | Estônia (Europa) | 525,3 pontos (523; 523; 530) |
4.ª | Japão (Ásia) | 520 pontos (504; 527; 529) |
5.ª | Coreia do Sul (Ásia) | 519,7 pontos (514; 526; 519) |
6.ª | Canadá (América) | 516,7 pontos (520; 512; 518) |
7.ª | Finlândia (Europa) | 516,3 pontos (520; 507; 522) |
8.ª | Polônia (Europa) | 513,0 pontos (512; 516; 511) |
9.ª | Irlanda (Europa) | 504,7 pontos (518; 500; 496) |
10.ª | Reino Unido (Europa) | 503,7 pontos (504; 502; 505) |
Deu para ver que vários países asiáticos se destacaram entre os 10 melhores. Caso tivessem sido consideradas nesta tabela, Macau, Hong-Kong e Taipei Chinesa (Taiwan) também entraram para a lista, o que reforça a qualidade de ensino da região da China. Fora a China, a Cingapura, o Japão e a Coreia do Sul, os países com melhor desempenho na prova ficam na Europa, sendo que a Estônia foi a única nação europeia entre as cinco primeiras colocadas. Na América, o único país a se classificar entre os melhores foi o Canadá.A Finlândia aparece com uma média bem próxima à do Canadá, o que a coloca em sétimo lugar quando comparada aos demais países. Porém, é preciso dizer que a Finlândia já foi a primeira colocada no ranking de 2015 do Pisa e que essa alteração se deve à mudança de foco do país, que passou a não privilegiar o formato de provas entre os seus alunos.Mas o que faz com que a Ásia tenha conquistado quatro das cinco primeiras posições? E o que tem de especial na educação da Europa e, especificamente, da Estônia? Para tentar responder a essas perguntas, vamos te contar como funciona a educação nos cinco países com melhor educação básica do mundo.
Na China a educação se divide em três segmentos: a educação básica, a educação superior e a voltada para adultos. Esta última categoria inclui tanto a educação básica quanto a superior e é voltada para pessoas que não conseguiram estudar na faixa etária convencional. O Ensino Superior se divide entre faculdades ou “colleges” (com cursos de três anos acadêmicos ou profissionalizantes) e universidades (com cursos de graduação de quatro ou cinco anos, mestrados e doutorados).Já a educação básica, que é onde o país mais se destaca, consiste em nove anos de educação obrigatória, pública e gratuita. Essa fase é dividida oficialmente em duas etapas: o Ensino Primário dos 6 aos 12 anos e o Ensino Secundário dos 12 aos 15 anos. Antes dos seis anos de idade é comum que os chineses passem por até três anos de ensino pré-escolar, mas ele não é obrigatório.(foto: Pixabay)O Ensino Secundário chinês também é dividido em duas etapas. Os primeiros três anos são obrigatórios e recebem o nome de “júnior”. Ao concluir essa fase os alunos têm duas opções para continuar seus estudos: ou seguir para o Ensino Secundário “sênior”, que funciona como uma preparação para a faculdade, ou fazer um curso profissionalizante que dura entre dois e quatro anos.Por dentro da Universidade Tsinghua: a melhor da ChinaAinda que existam essas duas opções a seguir, os estudantes não podem escolher livremente o que preferem. É preciso fazer uma prova local ao final do ensino obrigatório e é com base nesta nota que os estudantes são direcionados ao ensino sênior ou profissionalizante. O mesmo vale para o acesso aos cursos de nível superior. Ao final do curso secundário sênior os alunos fazem o Exame Nacional de Acesso ao Ensino Superior (Gao Kao) e apenas os aprovados podem iniciar a faculdade.
Singapura é o lar da melhor universidade da Ásia, a Universidade Nacional de Singapura. Mas para chegar na educação superior, os singapurenses precisam passar por uma educação básica obrigatória entre os 6 e os 15 anos de idade e um curso pré-universitário que tem duração média de três anos.Todo o ensino obrigatório é feito em escolas públicas ou financiadas pelo estado e é gratuito para alunos nacionais. Alunos internacionais, por outro lado, têm que pagar para estudar em Singapura. As taxas variam conforme o ano de ensino e a escola escolhida. O Ministério da Educação oferece uma calculadora de preços para os interessados.Assim como acontece na China, o ensino básico é dividido entre primário e secundário. Em Singapura, o Ensino Primário inicia aos 6 e termina durante os 11 anos. Aos 12, os alunos iniciam o Ensino Secundário, concluído, geralmente, aos 15 anos de idade. Porém, nem todos os estudantes fazem o mesmo tipo de Ensino Secundário. Ao concluir o primário os alunos fazem uma prova denominada PSLE e, dependendo da nota eles são direcionados para uma das modalidades de ensino.(foto: Domínio Público)Em Singapura existem três modalidades de Ensino Secundário, todos eles com quatro anos de duração e que direcionam a uma prova no final. O curso “Expresso” leva a uma prova de conhecimentos básicos (GCE O-Level). Já o curso “Normal Acadêmico” tem provas das mesmas áreas de conhecimento, mas em nível avançado, terminando com a prova A-Level. Alunos do curso Expresso podem estudar por mais um ano e fazer a prova avançada.Por fim, existe o curso “Normal Técnico”, que encaminha os alunos para áreas profissionalizantes. Após a conclusão do curso, os estudantes fazem uma prova de T-Level, ou seja, de nível técnico, e costumam se direcionar a Institutos Técnicos para concluir o seu ensino e ingressarem no mercado de trabalho.Depois do ensino secundário existe ainda o ensino pós-secundário ou pré-universitário. Nesse período de dois ou três anos os alunos podem fazer cursos técnicos, ingressar em escolas de artes ou se preparar para atingir o números de A-Levels (como as aplicadas no Reino Unido) necessários para entrar na faculdade.
A Estônia é um destaque na educação desde 2012, quando o país ficou entre os melhores colocados no Pisa. Aqui no Brasil pouca gente se lembra desse país no Leste Europeu na hora de fazer um intercâmbio e nem sabe que esta é uma das poucas nações em que todas as fases de ensino, incluindo as universidades, são totalmente gratuitas.7 países para estudar de graça ou pagando poucoA qualidade da educação no país é ainda mais impressionante quando consideramos que a Estônia é uma nação que conseguiu sua independência apenas em 1991. Foi nesse momento que os estonianos pensaram em uma educação voltada ao desenvolvimento tecnológico e econômico. Por lá, todas as escolas são equipadas com computadores conectados à internet.O Ensino obrigatório na Estônia, assim como na maioria dos países, começa aos 7 anos. Porém, a partir dos 4 anos os pais têm o direito de optar por colocar seus filhos na escola. Com isso, 94% da população começa a estudar aos 4 anos de idade, na pré-escola. Essa fase da educação é paga, mas o valor da mensalidade não pode ultrapassar 20% do salário mínimo.(foto: Pixabay)Já no ensino obrigatório, que vai dos 7 aos 17 anos, os alunos não precisam pagar mensalidades. Mesmo as escolas privadas recebem auxílio do governo, ainda que possam cobrar taxas extras. O ensino privado corresponde a apenas 10% das escolas estonianas e cobrem o ensino primário e secundário.A divisão dos anos escolares funciona de maneira similar à do Brasil. A primeira etapa é constituída por nove anos de educação (entre os 7 e os 14 anos). Após ter sido aprovado nessa fase, os alunos partem para o Ensino Secundário que, como o nosso Ensino Médio, vai dos 15 aos 17 anos. A diferença é que lá as escolas podem estabelecer critérios de admissão no Ensino Médio como provas no estilo vestibular. Além disso, os alunos podem optar por um ensino profissionalizante ou apenas propedêutico (com as matérias convencionais).
O sistema de ensino no Japão se divide de forma parecida com o que temos no Brasil. Por lá, o Ensino Primário vai dos seis aos 12 anos e o Ensino Secundário é composto pelo “Junior High School” (similar ao Ensino Fundamental) e o “High School” (similar ao nosso Ensino Médio).A grande diferença é que os japoneses só são obrigados a frequentar a escola até o fim do “Junior High School”, o que significa que toda a matéria básica é ensinada até que os alunos completem 15 anos. Terminado o “Junior High” os estudantes podem optar por seguir estudando no Ensino Médio e se prepararem para um curso superior, fazer um curso técnico de quatro anos ou um curso profissionalizante de um ano.Apesar de o ensino obrigatório terminar no fim do “Junior High”, a taxa de abandono escolar fica em cerca de 2%. Além disso, mais de 90% dos alunos seguem para o High School. Esses números são ainda mais expressivos se considerarmos que tanto escolas públicas quanto privadas cobram mensalidades pelo ensino não-obrigatório. Já o ensino básico (do primário ao Junior High) é oferecido de forma gratuita.(foto: PxHere)
A Coreia do Sul é conhecida por ser um país que valoriza a educação. Não é à toa que há anos o país tem um excelente desempenho no Pisa. Por lá, educação é vista como prioridade a alguns professores são vistos até como celebridades. Para as famílias coreanas é muito importante que seus filhos tenham um bom rendimento na escola e conquistem um diploma universitário.Essa característica cultural é o que mais diferencia a Coreia do Sul dos demais países. Isso porque o sistema de educação por lá funciona de maneira similar aos demais apresentados aqui. A educação obrigatória na Coreia vai dos 6 aos 15 anos. Entre os 3 e os 5 anos os coreanos costumam frequentar a pré-escola que pode ser oferecida em instituições públicas ou privadas.A partir dos 6 até os 12 anos os estudantes frequentam o ensino primário. Os três anos seguintes são dedicados à “Middle School”. Aos 15 ou 16 anos, quando os alunos completam a fase obrigatória de ensino, eles podem escolher entre parar de estudar, fazer um Ensino Médio Profissionalizante ou um Ensino Médio Acadêmico, que vai direcionar para uma universidade coreana. Por lá, 95% decide seguir estudando depois do período obrigatório, destes, 75% fazem o Ensino Médio Acadêmico, se preparando para a faculdade.(foto: Gabriel Silva Lima/Wikimedia Commons)
Quando a gente pensa em fazer um curso de nível superior fora do país, a primeira coisa que nos vem à mente é procurar pelas melhores universidades do mundo, seja de maneira geral ou no curso que desejamos fazer, né? Mas quando estamos falando de sistemas de educação outros critérios devem ser levados em consideração além do número de universidades entre as melhores (ainda que esse também seja um critério).TOP 5 países com mais universidades entre as 100 melhores do mundoO ranking de melhores sistemas de educação superior do mundo elaborado pela QS compara o desempenho de cada país em quatro áreas: solidez do sistema (que corresponde ao número de instituições classificadas no ranking de melhores universidades); acesso à educação superior; desempenho das principais instituições no QS World University Ranking e o contexto econômico do país. Em 2018, última vez que o ranking foi feito, o resultado ficou assim:
Colocação | País | Notas QS para educação superior |
1.ª | Estados Unidos (América) | 100 |
2.ª | Reino Unido (Europa) | 98,6 |
3.ª | Austrália (Oceania) | 93,8 |
4.ª | Alemanha (Europa) | 93,4 |
5.ª | Canadá (América) | 90,4 |
6.ª | França (Europa) | 86,8 |
7.ª | Holanda (Europa) | 84,9 |
8.ª | China (Ásia) | 84,5 |
9.ª | Coreia do Sul (Ásia) | 83,3 |
10.ª | Japão (Ásia) | 82,1 |
Na educação superior temos, novamente, um grande destaque para os países da Europa e da Ásia. Porém, desta vez, dois países americanos aparecem na lista: Estados Unidos e Canadá. Além disso, a Oceania também tem um representante entre os melhores sistemas de ensino superior: a Austrália.
Como deu para ver ao longo do texto, a resposta para essa pergunta varia se você leva em consideração o ensino básico ou o ensino superior. Por outro lado, se formos levar os dois critérios em consideração, os únicos países que aparecem entre os dez melhores nas duas listas são a China, a Coreia do Sul, o Canadá e o Reino Unido.O principal destaque vai, com certeza, para a China, que ficou em primeiro lugar em todas as categorias do Pisa e é um dos países com melhor desempenho em ensino superior. Pensando assim, podemos dizer que a China tem a melhor educação do mundo.Fazer um intercâmbio para a China tem muitas vantagens, como o custo de vida baixo. Morar em Pequim é 54% mais barato que em Nova York, segundo a calculadora Expatistan. Além disso, o país oferece diversas oportunidades de trabalho, sendo sede de gigantes da tecnologia como a Huawei.Apesar disso, a China não está entre as opções mais procuradas pelos brasileiros para estudar fora do país. Um dos motivos pode ser o medo do idioma, já que poucos sabem que para estudar por lá não é preciso dominar o mandarim e sim o inglês. É este idioma que é exigido mesmo para conseguir excelentes bolsas de estudos no país.Mas se você não tem vontade de ir para a Ásia, o Reino Unido e o Canadá têm as melhores relações entre qualidade de ensino básico e superior. Porém é preciso levar em consideração que os Estados Unidos, por mais que não tenha conseguido se classificar entre as 10 melhores no Pisa, é o país com maior número de universidades entre as melhores e foi escolhido como o melhor ensino superior do mundo.No fim das contas, todos os países que falamos aqui podem oferecer boas oportunidades para a sua vida acadêmica e profissional. A nossa dica é conhecer um pouco mais sobre a vida e a cultura desses lugares, além de definir em que fase da sua vida você deseja estudar fora. Depois disso, é só escolher a melhor instituição para você e se preparar para o seu intercâmbio.
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