Artigo por: Prof. Ms. Ricardo Mangili - Faculdade Gran Tietê.
O artigo aborda o processo de globalização econômica e suas consequências na vida diária do cidadão, que enfrenta questões como o desemprego, uma vez que as organizações precisam cada vez menos de força operária, porém necessitam cada vez mais de consumidores de seus produtos; a globalização que também gera uma crise política, já que os discursos utilizados pelos candidatos no período eleitoral não se concretizam na prática de seu governo, uma vez que eleitos não conseguem ampliar postos de trabalho e precisam criar cada vez mais políticas sociais numa tentativa de minimizar a pobreza extrema da população. O que se mostra como uma tendência é a tentativa de cada município criar, de formas inovadoras e criativas, campos de trabalho dentro de sua realidade local. Percebe-se, nesse contexto, que o capital humano será o diferencial dos tempos atuais e futuros, vez que se exige do trabalhador cada vez mais preparação para o mundo do trabalho, dentro de uma sociedade, como a brasileira, que não investe em políticas educacionais formais, produzindo uma população de indivíduos incapacitados para o mercado de trabalho, que hoje é tecnológico e exige familiaridade com o uso de ferramentas inerentes à tecnologia.
INTRODUÇÃO: Nos dias atuais, em uma organização que busca a perspectiva de seu futuro, tem sempre que ter o foco nas oportunidades e não nas ameaças. O foco do gestor, os esforços, o otimismo deve ser voltado para a visão da oportunidade, pois vemos que toda administração de uma empresa muda durante o passar da história; inicia- se sob um modelo burocrático, valorizando rotinas, prazos de entregas, processos repetitivos de produção com uma visão de cumprimento de metas, resultados, esforços para todos os envolvidos na organização. (BIZELLI, 2020). Essa mudança é inerente à todas as organizações; porém, no cenário atual, as organizações estão passando por processos incessantes, sucessivas de mudanças e necessitam utilizarem de estratégias diversas para acompanhar, com sucesso, as inovações: gestão da qualidade total, mudança cultural, entre outras, já aderindo à uma tendência mundial: a mudança faz parte do processo e será uma característica do gestor acompanhar e esperar por mudanças constantes.
Segundo Alves (2020), alguns fatores impactam positivamente as mudanças em empresas de sucesso como, gerenciar talentos existentes, reter e ampliar a malha de consumidores, fidelizar clientes, investir em tecnologia e reestruturar a organização. O maior obstáculo para a implantação dos fatores citados é a resistência às mudanças por parte dos colaboradores; gestores deixam de obter êxito por não conseguirem a mudança de seus subordinados. Necessitando uma ação mais assertiva. Podem obter melhores resultados quando passam a ser mais transparentes quanto aos resultados obtidos, os problemas encontrados e os prazos atingidos junto aos seus colaboradores. A honestidade em apontar e apresentar resultados gera confiança e confiança gera união quanto ao objetivo comum que todos devem perseguir para os objetivos gerais da organização. A Metodologia utilizada neste artigo foi a revisão de literatura sobre o tema abordado, leituras de artigos disponibilizados pela Must University e consulta em sites específicos.
A Sobrevivência das organizações No cenário de competitividade mundial, vemos a necessidade constante de inovação por parte das organizações para potencializar suas capacidades internas; organizações que se adaptam rapidamente às adversidades terão maiores chances de sobrevivência no mercado. No sentido de reformular e se adaptar ao novo cenário, as organizações conceituam a ecologia organizacional, entendendo que as empresas procuram estudar o ambiente em que estão inseridas para se adaptarem, identificando oportunidades e ameaças e transformando todas essas informações em estratégias. Em suma:
A ecologia organizacional parte da premissa de que, assim como ocorre na natureza, as organizações passam por uma intensa seleção ambiental, o que gera uma situação de elevada competitividade e necessidade de flexibilização de estruturas e processos internos. Essa dinâmica está diretamente relacionada à sobrevivência das organizações, temática cada vez mais discutida no âmbito organizacional, principalmente a partir do desenvolvimento das teorias evolucionárias, que surgiram no fim da década de 1970 (Meirelles, & Thomaz, 2016).
Percebe-se de um modo geral, que as organizações se mobilizam ao redor da inovação para aumentarem a competitividade e manter com êxito a sua sobrevivência, alinhando-se ao tipo de ambiente em que atuam, permitindo que se fortaleçam e prosperem. No processo inovação, as empresas precisam apostar em mudanças e, ainda mais, empresas que são ágeis em acompanharem e mudarem rapidamente, os resultados serão mais rápidos frente a seus concorrentes.
Para todas as empresas, a mudança ainda é vista como fator importante na jornada competitiva, mas mesmo com esse levantamento, nem todas investem em mudanças, ou queiram acompanhar essas ações; essas, que não conseguem acompanhar as mudanças apresentam uma liderança ágil; ao contrário das que encaram e mudam dentro das necessidades, apresentam funcionários engajados e um contínuo aperfeiçoamento. Com a agilidade com que as mudanças ocorrem, as organizações estão cada vez mais encarando esse cenário no sentido de tornar-se ágeis, dinâmicas e digitais, cada vez mais rápido. As empresas natdigitais em ambientes ágeis vem alcançando ampla vantagem em relação às empresas físicas, tradicionais, mostrando que inovação, adequação ao ambiente em que se insere e flexibilidade, trazem inúmeras vantagens no mundo atual.
O mercado mundial em específico o brasileiro, mostrou uma realidade bastante peculiar frente ao novo modelo de organização no período atual, quando vivemos uma Pandemia que, em nosso país, está longe de ter seus números diminuindo drasticamente. Segundo Nogueira (2020), as empresas mostraram algumas características no cenário da Pandemia provocada pela COVID-19, tais como: manter a continuidade dos negócios, adequar a infraestrutura, treinar e reciclar usuários, gerenciar e motivar a equipe de TI remota, permanecer proativo, mesmo no modo reativo. Algumas considerações a respeito dos tópicos elencados acima, são importantes. Com o surto da Pandemia de Coronavírus, todos os segmentos e setores foram afetados; as empresas de TI passaram a ter uma demanda nunca antes imaginada, em áreas como educação, por exemplo, que numa mudança abrupta mudou a forma de aula presencial para aulas remotas, online, em um curto espaço de tempo.
Nessa linha de isolamento, aumentou-se muito os trabalhos home office, com trabalhadores adquirindo componentes mais robustos, mais rápidos, com melhores reações, ampliaram a capacidade da internet de longo alcance, segura; se adaptando a novos ambientes de trabalho, passando por treinamentos, inclusive, para se conectar de forma remota à sistemas, utilizar de reuniões por videoconferência, entre outras demandas.
Mesmo quando o movimento da sociedade estava no modo reativo, as equipes de TI, tiveram que permanecer proativas durante a Pandemia, numa tentativa rápida de suprir as demandas e necessidades de todas as organizações. Com relação aos gestores, destaca:
Governança nunca foi tão importante e os líderes devem definir expectativas claras para o time referente às tarefas, prioridades e gerenciamento do tempo. Uma parte importante da operação da equipe de TI remota é estabelecer, por exemplo, um protocolo de comunicações. Uma estratégia é criar uma reunião de sincronização diária com o time para delegar tarefas, falar sobre as necessidades imediatas e planejar com antecedência a pós-pandemia. O gestor de TI também deve observar a exaustão da equipe. A situação está se mostrando muito estressante por um período prolongado e isso é preciso ser levado em consideração nas decisões. E motivar a equipe é de vital importância, seja por meio de elogios em uma reunião de equipe ou um e-mail de agradecimento, devido ao constante comprometimento. (NOGUEIRA, Leonel, 2020).
As revoluções tecnológicas na era das mudanças O gestor que deseja prosperar não pode contar apenas com sua dedicação ao trabalho, organização e criatividade, principalmente pela caracterização do momento atual das organizações; os atributos necessários a um gestor também mudaram rapidamente e radicalmente. As competências de caráter técnico continuam como fundamentais, mas habilidades ligadas à inteligência emocional hoje fazem todo um diferencial, estamos nos referindo a flexibilidade, inovação, mente aberta a novos desafios, além de utilizar-se de uma competência muito utilizada no campo educacional, o aprender a aprender, ou seja, estar sempre adquirindo novos conhecimentos. Rubens Massa (2020), em sua análise sobre a necessidade do gestor estar sempre no papel de aprendiz, ressalta que:
O papel do administrador passou por diversas fases, cada uma com focos bem diferentes. No início do século XX, há a preocupação em produzir muito, sem tanto cuidado com a qualidade, já que a concorrência era mínima. Em uma etapa seguinte, o ritmo de produção é trocado pela ordem: produzir em quantidade não gera resultados, as perdas são grandes e, então, o esforço não vale a pena. A partir dos anos 1950, quando se proliferam várias companhias disputando o mesmo mercado de diferentes setores, o olhar para a concorrência ganha importância. Já nos anos 1990, ser um bom gestor passa por acompanhar também os efeitos do mundo conectado: as barreiras de entrada no mercado diminuem e eliminam-se os limites geográficos. (MASSA, 2020).
O administrador, o gestor, necessita exercitar a inteligência emocional ao tratar seus funcionários; quando a crítica acontece, deve ser dirigida ao trabalho, não às pessoas.
CONCLUSÃO:
Percebemos, com a pesquisa literária uma mudança profunda na visão da administração tradicional; algumas áreas necessitam do olhar do administrador atento, dinâmico, versátil e muito criativo, principalmente como a área tecnológica, sem esquecer da atenção à inteligência emocional e a gestão de pessoas, investindo no seu capital humano. Para o promissor sucesso da organização, o gestor precisa acompanhar as mudanças sociais, no ritmo em que acontecem, preparar seus colaboradores para as mudanças, transmitir decisões transparentes e ao transmitir suas decisões aos colaboradores, pensar a organização, no ambiente em que está inserida dentro do conceito de ecologia organizacional. Cada vez mais, municípios ou pequenas regiões devem explorar seu potencial para prover campos de trabalho dentro de sua realidade, pois essa é a tendência das organizações atuais de sucesso.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/47141/6/a1_m01_s03_l06.pdf
https://g1.globo.com/especial-publicitario/vae/noticia/2020/01/30/o-bom-gestor-versao-2020-como-a-tarefa-de-administrar-uma-empresa-se-transformou.ghtml
https://revistas.pucsp.br/rad/article/view/39164/28942
https://www.researchgate.net/publication/341294236_Crise_pandemico-economica
https://www.pwc.com.br/pt/publicacoes/servicos/assets/consultoria-negocios/gestao_mudanca_15.pdf
https://www.revistacobertura.com.br/2020/05/29/5-desafios-enfrentados-pelos-cios-neste-momento/